segunda-feira, 6 de julho de 2009

Full Moon


Ela está full. A lua!
Foto: Ana Vianna

2 comentários:

  1. Lírios da paz das matas de Paraty perfumam meu quintal. Ganhos de Maria do Paço das Paixões. Contam de pedras em calçadas quebradas em pé de moleque, acendem lampiões na porta do sobrado destacando o tacho, que no centro de um arcais de Açores, é tão maravilhoso que provoca dores. Ecoa em suas flores as serenatas das marés altas. Balança no cortejo da procissão. Um satélite corta a quietude das estrelas provocando a lua. Metálico sapo em brejo alheio! Espião! Mascarado! Saberá que tenho lírios de Paraty? (Dos De-lírios por Paraty) suzana

    Ana... full em Paraty??? rs
    Beijos!!

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  2. Pedindo o espaço da artista...

    Tenho claro que a noite nos segreda a quem amamos. O dia tem as asas das tarefas. Um calendário de ventos. Na pressa seca de cumprir-se anda sem versos. Martela o corpo na árvore do tempo esculpindo ruídos imprecisos. A noite não. Ela gosta das fogueiras. As que iluminam os riscos e expõe as veias. Reúnem os bardos. A pele do poeta ganha brilho. A dimensão do sonho presenteia a alma. Ela vagueia. Em bosques estrelados. A noite lapida as dores. Dispensa a oralidade que confunde os bons pastores. Encontra atalhos no silêncio. Socorre os talhos com algodão e preces. Gosta dos olhares sem nome. Troca pedras por festas e velas. Planta histórias no fogo das florestas. A noite envia cartas. Invento, pois, que a lua, atriz do céu, sorri diante das estrelas que escondem a deusa da saudade. Claro que se o amor que a noite nos revela está distante é papel da lua serenar a divindade. Ela afasta a túnica de nuvens, toma a saudade pelas mãos e diz: “Não vês que o teu amor é só o teu amor?"

    Toada celta.
    Por Suzana

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